As foices de Tremembé

O Fim do Processo do Bosque do CFH
Despedida do ano com a turma de História do Brasil Republicano
Plano de Ensino 2024/2 – Tópicos Especiais: Movimentos Sociais Rurais na Hist Brasileira
Dia 30 de agosto: Apresentação do Plano de Ensino e distribuição de leituras.
Dia 06 de setembro: Debate sobre o filme “Legado Negado: a escravidão no Brasil em um Guia Incorreto”, de Icles Rodrigues;
Dia 13 de setembro: Discussão da Introdução e Capítulo 1 da tese de Felipe Aguiar Damasceno A ocupação das terras dos Palmares de Pernambuco (sécs. XVII e XVIII), Rio de Janeiro, Tese de Doutorado em História Social, UFRJ, 2018, pp. 14-61.
Dia 20 de setembro: Discussão dos Capítulos 2 e 3 da tese de Felipe Damasceno “A ocupação das terras dos Palmares de Pernambuco (sécs. XVII e XVIII)”, pp. 62-131.
Dia 27 de setembro: Discussão do Capítulo 6 e das Considerações Finais da tese de Felipe Damasceno, pp 198-236 e 272-279.
Dia 04 de outubro: Discussão do Texto de Sílvia Hunold Lara “O território dos Palmares: cartografia, História e Política” In Afro-Ásia, n. 64, 2021, pp. 12-50
Dia 11 de outubro: Discussão do texto de Flávio dos Santos Gomes “Invenções dos mundos de Palmares” e “Entre conexões atlânticas” do livro Palmares, São Paulo: Ed. Contexto, 2005, pp. 73 – 121.
Dia 18 de outubro: Discussão dos textos de Antônio Carlos Robert de Moraes “Ideologias geográficas e projetos nacionais no Brasil” do livro Território e História no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2002, pp. 112-131 e de Robert Wayne Slenes “Trocas culturais no ‘rio Atlântico’: Angola no auge do trato dos escravos” In Afro-Ásia, n. 49, 2014, pp. 365-378.
Dia 25 de outubro: Discussão dos Capítulos 2 “O tempo dos homens práticos: o Diretório dos Índios em Pernambuco” e 3 “Transformando zonas ‘estranhas’ em espaços coloniais” da dissertação de Elba Monique Chagas da Cunha Sertão, sertões: colonização, conflitos e História Indígena em Pernambuco, Recife, Dissertação de Mestrado em História, UFPE, 2013, pp. 54-85 e 86-117;
Dia 01 de novembro: Discussão dos Textos de Hendrik Kraay “Reis negros, Cabanos e a Guarda Negra: reflexões sobre o monarquismo popular no Brasil Oitocentista” In Varia História, Belo Horizonte, n. 67, 2019, pp. 141-175 e José Iram Ribeiro “O fortalecimento do Estado Imperial através do recrutamento militar no contexto da Guerra dos Farrapos” In Revista Brasileira de História, São Paulo, n. 62, 2011, pp. 251-271.
Dia 8 de novembro: Discussão do texto de Marcus J. M. de Carvalho “Um exército de índios, quilombolas e senhores de engenho contra os ‘Jacubinos’: a Cabanada 1832-35”, In DANTAS, Mônica Duarte (org.) Revoltas, Motins, Revoluções. São Paulo: Alameda, 2019, pp. 167-200.
Dia 15 de novembro: Discussão dos textos de Darlan de Oliveira Reis Júnior “O complexo econômico do Cariri em meados do século XIX: terra, trabalho e desigualdade social” In Vozes, Pretérito e Devir, Ano IX, Vol. XIV, Nº I, 2022, pp. 39-59 e Frederico de Castro Gomes “Fortaleza, capital de um pavoroso Reino” In A Multidão e a História. Saques e outras ações de massas no Ceará. São Paulo: Relume Dumará, 2000, pp. 25-62
Local: Sala CFH 301
Horário: Sextas, das 8:20 às 11:50h.
Carta do Itacorubi
Nós, professores e professoras, estudantes, pesquisadores e integrantes de Comunidades Indígenas, Quilombolas, Comunidades de Terreiro, Ciganas e Caboclas do Contestado e do Sul do Brasil, reunidos no VIII Simpósio Internacional do Contestado: religiosidades de matriz africana e indígena no Brasil e na América Latina, ocorrido entre os dias 2 e 6 de julho na FAED/UDESC, alertas ao estado de acervos documentais, locais de memória, patrimônio histórico e cultural e das condições de vida das populações remanescentes do conflito do Contestado, conclamamos o povo brasileiro, as entidades representativas da sociedade civil e as autoridades públicas (órgãos de Patrimônio e Memória, Poder Executivo, Ministério Público e Poder Judiciário, das esferas Municipais, Estaduais e Federal) para:
- A premência da implementação de políticas públicas de saúde e educação para a população, como forma de atendimento as pessoas que, por gerações, estiveram marginalizadas dos direitos e conquistas da sociedade brasileira. Tais políticas precisam acentuar aspectos de inclusão e de contemplação da diversidade social e étnica, considerando abordagens efetivamente antirracistas que consolidem o respeito e a viabilização de práticas tradicionais de culto e espiritualidade. Estas políticas públicas precisam ser construídas em diálogo e com participação ativa das comunidades envolvidas;
- As populações tradicionais do Contestado – Indígenas, Quilombolas, Ciganas e Caboclas remanescentes do conflito – precisam de medidas de reconhecimento, demarcação e titulação de territórios, como atos de justiça e reparação, tal como prevê a Constituição da República, com destaque para a demarcação urgente da Terra Quilombola Campo dos Poli, localizada no município de Fraiburgo;
- É necessária a implementação de medidas objetivas de defesa do ambiente natural, da paisagem do Contestado, da Mata Atlântica com destaque às araucárias, medidas estas que podem agregar práticas de preservação ambiental, agroecologia e de memórias associadas a alternativas econômicas regionais;
- A urgência da defesa dos locais de memória, culto, celebrações, festas e convivência das populações tradicionais remanescentes do conflito em Santa Catarina, e em maior âmbito, dos locais frequentados pelos devotos da tradição de São João Maria em todo o sul do Brasil. Atualmente muitas fontes de “águas santas”, grutas, ermidas, terreiros de práticas religiosas de matriz africana, locais de pouso, cruzeiros, antigos redutos, guardas e cemitérios precisam de defesa e salvaguarda institucional. Datas comemorativas precisam ser definidas com a participação das comunidades;
- Há necessidade de investimentos e revitalizações dos Museus existentes, defesa e ampliação de seus acervos e maior envolvimento das autoridades públicas com sua manutenção. Há necessidade de identificação, preservação, guarda e acesso para pesquisa de acervos documentais, de origem pública ou privada, compreendendo todo o repertório material e imaterial (de documentos, imagens, prosa, poesia, orações, pinturas, esculturas, objetos museológicos, teatro, depoimentos orais, peças audiovisuais e demais manifestações populares) que tenham relação com o conflito social do Contestado e, num sentido mais amplo, sobre a vida, a sociedade e a cultura do planalto meridional brasileiro. As autoridades de Estado devem reunir os bens culturais do Contestado em Livros Tombo ou Registros Municipais, Regionais/Estaduais e no Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Os Conselhos Municipais e Estadual precisam ser fortalecidos como órgãos de representação da sociedade civil;
- Apoio ao Movimento Pró-Criação da Universidade Federal do Contestado – UNIFECON, como uma instituição pública com amplo âmbito regional de atuação, incluindo, além do Planalto e Meio-Oeste Catarinenses, regiões ao norte do Rio Grande do Sul e ao sul do Paraná, que impactará positivamente na vida da população deste território;
- Rejeição a mudança de nome turístico da Região Vale do Contestado, realizada em 04 de julho de 2019, entendendo que se trata de ação antidemocrática que reproduz a marginalização e o preconceito contra a população deste território;
- Fortalecimento do Fórum Regional em Defesa da Civilização e Cultura Cabocla do Contestado, da Rede de Educadores e Educadoras Caboclos do Contestado e das Redes de Agroecologia, como espaços de articulação das organizações da sociedade civil;
“Sigamos sendo tronco; semeando sonhos; Quem fomos e o que somos;
Sigamos na partilha; Sigamos confiantes; Joaninos e joaninas;
Flor da consciência; Vento e resistência; Reduto irredutível;
Vivendo na irmandade; A cruz do renascimento;
Ao morro do encantado; Cada vez mais plural.”
(Sigamos, de Nascimento & Souza)
Itacorubi, Ilha de Santa Catarina, julho de 2024.
Os participantes do VIII Simpósio do Contestado
Abaixo o link com a Programação do VIII Simpósio do Contestado
VIII Simpósio do Contestado: Religiosidade de matriz africana e indígena nos movimentos populares
Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça!
Chamada de Trabalhos VIII Simpósio do Contestado: Religiosidades de Matriz Africana e Indígena nos Movimentos Populares no Brasil e na América Latina
Acontecerá na UDESC, de Florianópolis, de 2 a 6 de julho de 2024, o VIII Congresso do Contestado. A ideia é reunir pesquisadores sobre este movimento sertanejo em diálogo com pesquisadores de outros movimentos sociorreligiosos do Brasil e da América Latina.
Mais informações e inscrições no Link https://gimc.com.br/contestado-hoje/viii-simposio-nacional-do-contestado/